É o sangue na boca, dente na carne.
Saliva acumulada no teu corpo,
a língua sentindo o teu contorno,
minha sina, teu dolo, nossa arte!
Furto-te o fôlego quando arde,
agarra-me, com toda a força, o torso
dilacera-me um ferimento morno
de marcas púrpuras vistas mais tarde
Morde-se a carne: somos indecentes.
Mas prefiro a palavra apaixonados,
nossa natureza, por pior que seja.
Amor, quando profunda-mente beija,
sentimo-nos um no outro, encarnados,
principalmente quando crava-me os dentes!
sábado, 16 de outubro de 2010
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