"E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também!"
Oswaldo Montenegro

sábado, 13 de março de 2010

Olhares nos Caminhos

Eu ando meio distraído, é verdade.
Colhendo agora os frutos que plantei,
plantar mais é a minha maior vontade!
Agora, mais que nunca, nada sei.

E eu respiro com mais profundidade.
E com mais calma que quando semeei.
E agora busco em mim qualidade.
Frutos que no futuro viverei!

Ah! Caminhos das veredas da vida,
Olhava os pés para não tropeçar,
Pedia por mãos para me levantar.

Agora sei que não é uma corrida.
E sempre há chance de recomeçar.
É a vida! É um canto, é cantar!


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Eu acho que estou começando a entender a paciência;
Nah! Doce ilusão de um Poeta muito otimista :p

À Minha Solidão.

Eis que cumprimento a solidão,
Que todos os dias, fica comigo,
E já esteve uma vez contigo,
Deixando nosso coração em vão.

Nesse sofrimento muitos estão.
Procurando o que eu não consigo,
Assim, então, para nada eu ligo,
Logo que não acho uma solução.

A procura, ela é a questão
Quero alguém para ficar comigo
Para ser um grandíssimo amigo

E um amor para o meu coração
Para me livrar dela, pois se não,
Continuarei nessa solidão.


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Esse é dos antigos tempos de ensino médio!

A Janela.



Aqui, sentado, olho para a janela.
Sem o calor no corpo, Felicidade.
Tristeza, e já com essa idade.
Olhando para a janela, bela.

Grande, e eu aqui, na minha cela.
Que falta farei na minha cidade?
Com falta da minha serenidade
Fico olhando a bela janela.

E olho novamente para a tela.
Medo, temor, sono: Que estranha tríade.
Que falta para pular? Minha sede?

Olho para o chão embaixo dela
Ainda não é o dia de eu morrer
Há muitos sorrisos para eu ver.

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Esse é dos antigos tempos de ensino médio!

A Infância

Tinha você, uma antiga infância;
Daí não entendo, joga-a fora?
Como pode? Algo batalhado outrora,
Ser tratado sem vista redundância?

Cadê a criança, que de brincar cansa?
Nas tuas das casas onde se mora,
Estão, então, na televisão agora.
E ao mundo adulto ela se lança.

Agora é, sem alguma discrepância,
A imitação do que na TV estoura,
E a criança agora é outra.

Aonde foi parar a antiga infância?
Num buraco onde hoje é a vergonha?
No qual a criança todo dia sonha.



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Esse é dos antigos tempos de ensino médio!

A ignorância.

Não importará a tua ignorância.
Os que do “saber” fazem alta produção,
Aqueles, que não dizem nada em vão,
Saberão, da tua deficiência.

Não importará, a tua arrogância,
De bater no peito e dizer “não!”
Ao que é útil para nós. Então,
Chegará um fim para a sua demência.

Arrependimento não é clemência.
Fizeste a tua escolha, então,
Sofrerá as conseqüências que virão.

Se arrependerá da tua ignorância.
Que hoje, tu, esfrega na minha cara.
Mas, p´ra tua vida sairá cara.


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Esse é dos antigos tempos de ensino médio!

A Família.

Fosse a família a base do Brasil.
É a base de toda a sociedade.
Nunca fora vista a falsidade
Da típica família cruel e vil.

Oligarquias: poder no Brasil.
Que foi herdada para a mocidade
Da monarquia de muita idade
Que roubava como nunca se viu.

Foi num dia do mês de abril,
Que, para nossa infelicidade,
Continuamos nesse jeito árcade.

Para ver que o político riu.
Porque ele não sabia de nada
E o Brasil? Virou uma piada.


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Esse é dos antigos tempos de ensino médio!

A falta dela.

E quando a inspiração não vem?
O que um bom poeta pode fazer?
Largar lápis e papel e ir ler?
Qual é o truque que os poetas têm?

Não sei, realmente, o que mais me convém,
Usar rimas pobres que eu possa ter
Para um soneto pobre escrever.
Posso parar de escrever também...

E quando a “inspiração” não vem?
Ficarei aqui e voltarei a temer?
Porque, simplesmente não sei viver!!!

E quando inspiração não se tem
Coitado de quem: dar se um jeitinho
Para que se arrume uns versinhos.


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Esse é dos antigos tempos de ensino médio

Você.

Como, um dia direi eu para você?
Que tu és única plena e rara...
Dos teus olhos? Vem luz branca e clara
O futuro? Ainda tens que vencer.

Beleza que está oculta e crua
Muita sorte tem quem teus cachos vêem.
Felizes os que tua amizade tem
Realizado o que te vê lá da rua.

Tu és sem nenhuma sombra de dúvida
Uma das Últimas garotas pura:
Que ainda faz o mundo ter cura

Posso dizer por uma longa vida
Versos, que você venha a merecer.
E não terei acabado de dizer.


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Esse é dos antigos tempos de ensino médio!

Serenata de Verão

Foi a forma mais sutil do meu violão.
Minha voz tentou fazer-se mais doce.
E o cheiro bom que aquela brisa trouxe,
me deixou carregado de emoção!

E ouvia, baixinho, meu coração,
e curtia o carinho que era a sua pose.
Eu queria que tudo eterno fosse,
naquela serenata de verão...

Eu nunca tive noite como aquela,
Nunca toquei violão daquele jeito
Nem instrumento foi meu coração.

Havia algo a mais: Carinho e beijo
Havia algo a mais: Entre mim e o violão,
Junto ao meu coração, estava Ela!