"E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também!"
Oswaldo Montenegro

sábado, 5 de dezembro de 2009

A Última Esperança.

Fora então, a última esperança.
De quem não viu a dita felicidade,
Ou, que dela se tem a raridade,
Para aquilo que nunca se alcança.

Terminou, sem fim, a última dança,
A qual, nunca começou de verdade,
Ou então fora eterna falsidade.
A dita que muito fadiga, cansa.

À qual idéia ela então se lança?
Sem vida a geia está com muita idade
Qual se fora ao vento, a liberdade.

Fora então a última esperança.
Visto que, não acho o amado seio.
E vou, aos poucos, caindo em devaneio.

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Esse é dos antigos, do meu primeiro livro!
Nossa, como eu era dramático!

A Ilha.

Qual momento que me sinto na ilha.
Na ilha da profunda solidão.
Para fugir de uma podridão,
Que a raça humana muito humilha.

Queria eu, que fosse maior a ilha,
Para que um dia eu salve, ou não,
Os amores que da vida são,
Qual certeza o meu filho ou filha.

Muito sagrado fora o momento,
No qual a sagrada ilha achei!
Pois saí –enfim- do meu sofrimento.

Não nego que um dia eu chorei,
Pois eu vivia em desalento!
Mas posso dizer, que um dia amei.

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Esse é dos antigos, do meu primeiro livro!

A Falta dela.

E quando a inspiração não vem?
O que um bom poeta pode fazer?
Largar lápis e papel e ir ler?
Qual é o truque que os poetas têm?

Não sei, realmente, o que mais me convém,
Usar rimas pobres que eu possa ter
Para um soneto pobre escrever.
Posso parar de escrever também...

E quando a “inspiração” não vem?
Ficarei aqui e voltarei a temer?
Porque, simplesmente não sei viver!!!

E quando inspiração não se tem
Coitado de quem: dar-se um jeitinho
Para que se arrume uns versinhos.

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Esse é dos antigos, do meu primeiro livro!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Soneto à Chuva

Interessante a água caindo do céu...
Chuva...acho que é assim que nomeamos
Vida de cada galho, vários ramos
Que enfeitam a terra, meu carrossel

Dormir, meditar, beber chá com mel,
Quando chove quase tudo adamamos.
Sou feliz, mas nela, Deus! como me amo!
E amo as coisas sob esse úmido véu.

A solidão fica fria, plena e cruel.
O amor...o amor explode em poesia:
Esquenta, comove e eleva à babel

Ah, chuva... mar doce em nós: maresia
chuva...como pode algo tão mágico?!
Consagra o beijo cinematográfico!

Otimista

Fiquei, é verdade, meio perdido
E aos pouquinhos, em poesia me encontro
Lavro outro soneto um novo canto
Saudo o meu livro desaparecido

A maior falta que tenho sentido
Já passou, e era sentar em qualquer canto
E desfrutar da poesia, meu doce encanto
Sem a qual a vida não faz sentido!

Outrora cinza, vida com mais cores

Quem sabe, até um dia, com amores!?
Sabe? não me parece devaneio...

Andar de mãos dadas, ir ao cinema...
decidi postular naquele dilema.
Copo de alegria sempre está meio-cheio!